domingo, 8 de janeiro de 2012

Congado de Uberlândia será apresentado em longa-metragem A história do Congado em Uberlândia vai ser contada em um longa metragem de 70 minutos, pre














A história do Congado em Uberlândia vai ser contada em um longa metragem de 70 minutos, previsto para ser lançado em outubro deste ano. O filme, que está em fase de edição, mostra a tradição da manifestação cultural e religiosa de influência africana. Celebrado em algumas regiões do Brasil, na cidade do Triângulo o Congado ganha as ruas desde 1897. As imagens para o documentário foram gravadas durante a festa de 2009. A ideia surgiu quando a artista plástica Clarissa Guimarães Aranyi sentiu necessidade de registrar os detalhes e os rituais das cinco tradições existentes na cidade: Catupés, Moçambiques, Marujos, Marinheiros e Conga. As tradições são subdivididas em 25 ternos e, ao todo, são cerca de 5 mil pessaos que fazem homenagem à Nossa Senhora do Rosário, tradicionalmente no mês de outubro. Cantos, danças e muito colorido contagiam as ruas da cidade e, o público, atualmente cerca de 20 mil pessoas, cresce a cada festa, segundo o presidente do terno Sainha, Eustáquio Marques, também conhecido como Zezão. “Os jovens têm participado mais. E eles gostam de chamar a atenção da plateia. Uns vêm de óculos espelhados, outros de cabelos trançados e caminham pela procissão. Independente do estilo, o que nos importa é a aproximação. Respeitar a vontade de cada um significa não correr o risco de perdê-lo. Claro que, dentro das normas”, disse Zezão. O entrosamento entre o moderno e os costumes do festejo popular religioso da antiguidade recebe atenção da idealizadora do longa. Imagens gravadas durante a festa em 2009 mostram ainda outras curiosidades, algumas de bastidores. Depoimentos de capitães, confecção de roupas e de instrumentos, preparação de lanches, confraternizações, coroações do Rei e da Rainha e ritual de despedida são alguns dos momentos vividos pelos congadeiros. “Divulgar e projetar essa história em forma de documentário é não deixar a cultura se apagar. É a possibilidade de levar essa tradição para diferentes pontos do Brasil e do mundo. Em São Paulo, por exemplo, onde moro há alguns anos, muitas pessoas envolvidas em pesquisas da cultura imaterial não conhecem a riqueza dessa festa mineira”, disse Clarissa. Segundo ela, o documentário registrado na cidade do Triângulo será o primeiro sobre o tema a ser exibido no país.

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