domingo, 31 de janeiro de 2010
Matheus Nachtergaele vai viver Joãosinho Trinta no cinema
Brincando ou não seu carnaval na Marquês de Sapucaí, Matheus Nachtergaele terá de manter seu lado folião aquecido. Daqui a nove meses começam as filmagens de “Trinta”, longa-metragem que vai transformar o ator no mais célebre carnavalesco do Brasil. A produção ainda depende dos R$ 5 milhões necessários para recriar o desfile de uma escolas de samba do Rio de Janeiro dos anos 1970. Se a captação desse valor correr como esperado, o cineasta paulista Paulo Machline grita o “Ação!” inicial do filme sobre Joãosinho Trinta em outubro. Diretor de “Uma história de futebol”, produção indicada ao Oscar de melhor curta-metragem em 2001, Machline tem pleno domínio do tema. No último Festival do Rio, ele e o diretor Giuliano Cedroni arrebataram plateias com o documentário “A raça síntese de Joãosinho Trinta”, que começa a fazer carreira para as telas, para a alegria de seu homenageado. — Sempre admirei Matheus Nachtergaele como grande ator. Além da contribuição interpretativa dele, acredito que essa ficção do Machline vai ser uma transposição fiel dos fatos reais que se passaram na minha vida. O documentário já emocionava — diz Joãosinho Trinta, que se mudou para Brasília em 2006, para se tratar de um acidente vascular cerebral (AVC). Este ano, sua presença é esperada no desfile da Grande Rio, no dia 15 de fevereiro. O enredo da escola é centrado nos melhores momentos do Sambódromo, desde sua inauguração, em 1984. Aliás, Machline estará lá, filmando o evento para tirar imagens que ainda possam ser adicionadas a uma nova montagem de “A raça síntese...”. — Mais do que uma homenagem, esse longa com o Nachtergaele pode ser uma fixação de momentos que fizeram a História do carnaval no Brasil — diz Joãosinho. — Isso me deixa feliz. Rodando festivais nacionais como a 13 Mostra de Tiradentes, encerrada ontem, com “O natimorto”, que vai em março para Guadalajara, no México, Machline passou quase uma década envolvido na pesquisa da trajetória de Joãosinho Trinta. — Além de filmar o barracão da Grande Rio por uns quatro meses, o Paulinho Machline e equipe filmaram, por exemplo, a Pinah, que foi a grande musa dos carnavais do Joãosinho. O material que serviria como pesquisa para o longa-metragm de ficção acabou sendo montado como um documentário — explica Joana Mariani, produtora de ambos os projetos. O roteiro de “Trinta” foi desenvolvido com o suporte de uma bolsa de fomento conquistada em Amsterdam. Mas o eixo dramático veio do material reunido em “A raça síntese de João Trinta”. — São mais de 60 horas de entrevistas do universo do João. É de lá que o Matheus Nachtergaele está compreendendo o personagem João — diz Nachtergaele. Para a ficção, o plano do cineasta é recriar o primeiro trabalho de Joãosinho Trinta como titular à frente do Salgueiro, com o enredo “Rei da França na Ilha da Assombração”, de 1974.
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